quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Avisooo *--*

Pessoal , qem quiser me adc no msn ou orkut , o email táh aê : julia_fiorentin@hotmail.com
Se for adc , avise qe é um leitor , ;**

11 - No final , fica tudo bem mesmo ??

Fiquei surpreso ao perceber que suas palavras realmente se concretizaram. Era como se eu tivesse renascido, assim como uma fênix renasce das cinzas.
Agora com facilidade peguei os espetos a caixa de fósforos e a garrafa de gasolina. Em seguida voltei à sala e subi as escadas. Passando de quarto em quarto fui deixando cair um pouco de gasolina ate chegar ao corredor e mais uma vez na escada. Quando cheguei no ultimo degrau ascendi um fósforo e o deixei cair causando imediatamente um enorme rastro de fogo na parte superior da casa.

Voltei ate a cozinha e joguei o resto da gasolina ao lado do botijão de gás, em seguida liguei o fogão e ascendi o fósforo.

Corri ate a sala porem a explosão na cozinha ocorreu mais rápido do que eu pude imaginar: Antes de chegar à janela a força da explosão me fez cair no chão, fazendo-me perder tudo que segurava; esforçando-me para ver em meio a fumaça consegui observar o “corpo” da “menina” queimando assim como a madeira da casa. Dei um meio sorriso ao perceber que seus ossos em algum lugar das tantas paredes estavam sendo destruídos, em fim virando apenas cinzas
—eu consegui? – perguntei a mim mesmo soltando um longo suspiro que me fez engasgar com a fumaça. – eu consegui! – exclamei.

Quando em fim achei a janela dei uma ultima olhada para trás... A “menina” ainda queimava, mas agora seu olhar havia mudado. Era como se ela estivesse me agradecendo por ter feito aquilo.

Sem entender muito bem o que isso significava pulei a janela pela qual Bruna havia fugido. Então ao sair da casa vi várias viaturas da policia assim como ambulâncias.

Ao notarem que eu sairá vivo algumas pessoas de branco caminharam em minha direção.

—onde está minha irmã? - perguntei
—não se preocupe, ela está bem. Logo vocês irão se encontrar. – indagou a única mulher do grupo, a qual era alta e possuía cabelos negros.

—ela está no hospital?

—não exatamente!

—como assim?

—sua irmã foi desesperada ate um vizinho, ele a levou na delegacia. Ao ouvir o depoimento dela eles nos chamaram – disse apontando para os policiais.

—quem são vocês? – perguntei enquanto recuava alguns passos.

—somos do hospital psiquiátrico da cidade

—não entendo... Minha irmã e eu não estamos loucos!

—vocês mataram uma família alegando que o responsável era um espírito!

—por favor... Não me levem! – exclamei sentindo meu corpo gelar.

—pessoal, peguem ele... – ordenou a mulher.

—Eu não sou louco! – gritei na tentativa de alguém acreditar, porem enquanto me arrastavam ate a sombria combi branca todos me ignoravam. – Eu não sou louco! – tentei mais uma vez, entre tanto foi em vão.



Fiim ... ¬¬'

sábado, 23 de outubro de 2010

10 - A Luz

Após alguns minutos sentado percebi que eu não tinha direito de chorar. Era um privilégio que me foi roubado.
Voltando a cruel realidade levantei tentando banalizar a dor que era insuportável.

Fui o mais rápido que pude ate a cozinha e peguei uma pequena caixa de fósforos.

—droga – disse passando a mão sobre minha boca a qual era dominada por um forte gosto de sangue.

Abaixei-me ao lado da pia e peguei uma garrafa. Eu sempre soube o que continha nela. Gasolina. Eu só não esperava tela que usar-la da forma como faria.

Ao erguer a cabeça para me levantar, vi aqueles pés, pés sujos. Os pés da menina. Pela primeira vez eu podia ver através dela. Mas isso não era o que mais assustava. Ela segurava uma faca a qual estava apontada para minha cabeça.

Entre tanto, seu riso apavorante foi ofuscado por uma luz branca, que de tão intensa me forçou a fechar os olhos.
Quando voltei a os abrir a menina não estava mais lá. Quem estava agora em minha frente era Íam.

—meu Deus! – exclamei, enquanto ele sorria serenamente jogando a faca que antes estava nas mãos da menina.
– o que é você?

—agora eu sou um anjo.
—anjo da guarda...?

—não temos muito tempo – disse ele – eu me orgulho de você, mas agora faça o que tem que fazer – concluiu colocando sua mão em minha cabeça. – toda a dor vai sumir!

Ao falar isso Íam magicamente desapareceu diante dos meus olhos.






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Desculpem ser pequeno , é qe estou sem muita idéia ;/ Espero qe gostem (yn'

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

09 - Restos de Família

Agora em fim teria chego nossa hora? Tudo indicava que sim.
Minha mãe segurava um dos espetos sem firmeza, enquanto Bruna me passava os que estavam em suas mãos.
—corram lá para cima “crianças”.
—não vamos deixar a senhora aqui!
—vão! – gritou – façam por mim.
A olhando com angustia segurei Bruna pelo braço. Juntos subimos a escada.
Agora a menina havia parado de caminhar. Apenas olhava fixamente para minha mãe.
—vai para o meu quarto Bruna!
—Erick...
—vai que eu já vou!
Quando Bruna em fim me obedeceu a “menina” largou o coração no chão e assim como antes ergueu uma de suas mãos fazendo com que imediatamente minha mãe fosse forçada a se encostar contra a parede.

Logo uma mancha de sangue surgiu no centro de sua blusa Branca. Enquanto morria seus olhos me fintavam.
Eu não podia ficar olhando aquilo. Algo mais forte do que eu me fez descer as escadas. Mas a menina era esperta. Com sua outra mão me jogou contra a lareira, me fazendo deixar os espetos cair enquanto batia a cabeça. O corpo da minha mãe já estava desfalecido no chão e a atenção da menina se voltara toda contra mim.
Só com seu olhar rancoroso me fez levantar. Já podia sentir o sangue quente sair de minhas narinas.
•••


—você não vai matar o que restou da minha família! – gritou Bruna, que sem eu perceber desceu as escadas e pegou os espetos de ferro. – vadia! – disse em fim fazendo o ferro atravessar a menina que imediatamente desapareceu.
— nossa... Mãe! – exclamei quase sem voz.
Ela me encarou e se aproximou do corpo confirmando sua morte.
—temos que sair daqui... Agora somos só eu e você. – indagou enquanto estendia um dos espetos ate mim.
Com dificuldade me levantei e fui ate ela. Usei o espeto como uma espécie de bengala. Em seguida caminhamos ate a porta.
—droga!
— Bruna, por favor, não me diga que...
—a porta não abre. – concluiu.
—estou com muita dor!
—que eu faço Erick? Eu não quero que você morra!
—você... Precisa sair daqui Bruna – disse entre soluços
—... Perdoa-me se eu não fui uma boa irmã... Eu te juro que se eu pudesse voltar no tempo...
—irmãzinha... Não fica assim, eu tenho um plano, você vai sair daqui, e vai buscar ajuda.
—não! – disse ela enquanto me via caminhar ate a janela próxima dali.
Tirei minha blusa e a enrolei sobre a mão. Em um rápido movimento quebrei o vidro da mesma.
—vai.
—vem comigo!
—eu não vou agüentar caminhar tanto!
—Erick!
—tenho que acabar com ela...
—Mais como?
—você vai ver quanto voltar... Agora, vai.
—ta, vamos sair dessa. – antes de pular a janela com dificuldade, Bruna pegou o outro espeto que estava junto ao corpo de nossa mãe e me entregou.
—fica com os dois.
Quando ela saiu o silencio amedrontador tomou conta do lugar. Quase vencido pelo cansaço deslizei meu corpo sobre a parede, minhas duas mãos sujas de sangue agora estavam enxugando lagrimas, as lagrimas que há horas eu segurava...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Capítulo 08 - Vida Real

Finalmente minha mãe parecia ter aceitado o grande “fato”. Suas lagrimas em fim cessaram.
Porem a cada minuto que se passava podia sentir o clima ficar mais tenso, todos sem exceção estavam com medo... A forma como eu provavelmente iria morrer me agoniava.
— a pilha da lanterna vai acabar logo! – indagou meu pai.
—se assim como nos filmes o ferro funciona contra a assombração, talvez a nossa única saída seja queimar os ossos da “menina” – disse Bruna se levantando inesperadamente. – Ela... Morreu dentro da parede, os ossos só podem estar lá.
—Bruna... – disse minha mãe tentando a fazer parar.
—A parede é fina, com essas barras podemos quebrá-la pai!
—filha... Para isso vamos ter que voltar a casa, e isso é mais perigoso do que ficar aqui.
—temos como nos defender! – Disse me colocando ao lado de Bruna – se ficarmos aqui sem fazer nada ai sim vamos todos morrer.
—você fala de um jeito que parece ser tão fácil... Eu estou com medo – disse enquanto colocava a luz da lanterna em seu rosto, deixando assim transparecer o suor de nervosismo em sua testa.
—Se a menina não aparecer e nos matar vamos morrer de qualquer jeito, se o senhor não sabe todos nós precisamos de comida e água, sem isso não podemos viver.
—é bom você ficar quieto – indagou fechando sua mão.
—você acha que eu não estou com medo?
—eu disse para você ficar quieto – Gritou vindo em minha direção.
—Para com isso!
—ate você Elisabeth? – disse meu pai surpreso ao ver minha mãe se levantar para interferir
—Se esse for o único jeito de salvar o que restou da minha família, mesmo correndo riscos eu digo que sim, ate eu Denny.
—você não tem condição de falar nada...
—ta, então eu não vou falar, eu vou fazer, me de essas barras que nós vamos sem você.
—o que?
—é isso mesmo
—espera... Isso não. – disse olhando para minha mãe – Aonde vamos começar a quebrar? – Perguntou em fim concordando com o “plano”.
—cozinha – indaguei quase em um sussurro
—por causa do cheiro – concluiu Bruna
—tomem – disse meu pai entregando os três espetos para cada um de nós, enquanto se mantinha com a barra de ferro.
—na lavanderia!
—o que disse Elisabeth?
—na lavanderia há algumas ferramentas do Jhom , ele... Esqueceu lá no dia que me ajudou a instalar as maquinas. Tenho certeza que na caixa de ferramentas tem uma marreta, não vai servir para nos defendermos, mas vai ser bem mais útil do que os ferros para quebrar a parede.
—ótimo... Estão prontos? – perguntou iluminando a maçaneta da porta.
—sim – dissemos juntos.
Enquanto saia da granja o vento frio que ali soprava batia forte contra meu rosto, quase me fazendo esquecer das cenas horríveis que voltaria a ver.
Ao abrir a porta constatamos que assim como o porão a casa também estava sem luz. Agora todos torciam para as pilhas da lanterna não acabar.
—todo cuidado é pouco, lembrem-se – disse meu pai tentando não iluminar os “pontos críticos” que ali estavam, porem ao passar pela sala podíamos sentir o sangue de Baster grudar em nossos sapatos.
—ai – disse Bruna agoniada
—fica calma – exclamei pegando em sua mão – tudo vai dar certo
—chegamos na cozinha – informou meu pai – agora vamos ate a porta da lavanderia e cuidado com o...Corpo do padre.
Pude escutar alguns soluções de choro enquanto tentava me manter firme e calmo na “quase escuridão” total que deixaria qualquer um com os nervos a flor da pele.
— fiquem aqui – disse se referindo a minha mãe e a Bruna – Erick, segura a lanterna enquanto eu abro a porta.
—certo.
Ao vê-lo abrir a porta me senti aliviado por nenhuma surpresa inesperada ter acontecido.
—peguei – disse fechando a porta com a caixa de ferramentas em mãos – ilumina aqui.
—ok
—achei! – exclamou pegando uma marreta
Ao terminar a frase a luz da casa voltou, nos obrigando a olhar para tudo que podíamos ignorar no escuro.
—eu não agüento isso – disse minha mãe encarando o corpo do padre.
—não olha! – indagou Bruna a virando para o outro lado
—temos que nos controlar – eu disse olhando para a lanterna que segurava – acaba logo com isso pai.
Com um olhar cansado ele ergueu a marreta e a bateu contra a parede, fazendo a mesma ceder em um grande buraco, o que fez com que um forte cheiro de carniça invadisse a cozinha.
—passa a lanterna filho
—toma! – disse a entregando. Em seguida peguei a barra de ferro que ele havia deixado no chão.
—ah meus Deus!
—o que foi? – perguntei
—responde Denny – exclamou minha mãe.
—Melany e Emmy
—não... Não pode – disse me aproximando da parede quebrada
Ao olhar encontrei os dois corpos já em adiantado estado de decomposição – como elas foram parar ai!? – exclamei enxugando algumas lagrimas.
—calma filho!
—como você quer que eu fique calmo? Eu tentei ficar, tentei deixar todos calmos... Mais a realidade é que a gente vai morrer!
—cuidado Denny, a “menina”! – gritou minha mãe
Porem o aviso veio tarde. Quando nos demos conta do perigo a menina já o havia puxado para dentro do buraco na parede.
—pai! – gritei desesperado enquanto me seguravam para que eu não “entrasse na parede” também.
Enquanto chorávamos horrorizados podíamos escutar os gritos de dor que meu “pobre” pai dava enquanto a menina o arrastava em meio à parede.
Porem logo o barulho cessou.
—parou na sala – eu disse guardando a lanterna que ele havia deixado cair ao ser puxado. Entreguei um dos ferros que segurava para Bruna a deixando assim com dois. Em seguida corri ate a sala e me deparei com o velho armário de madeira escorrendo sangue por entre as portas. Imediatamente tentei o abrir, mas minha tentativa foi frustrada, ele estava trancado.
—dês de que nos mudamos esse armário está trancado, seu pai disse que nem a Melany tinha a chave. – indagou minha mãe ainda em lagrimas.
—ah... Agora eu sei como “elas” foram parar na parede... Eu... Vou tirar meu pai daí. – Fui ate a cozinha e peguei a marreta. Tomado por fúria marchei de novo ate a sala. Encarei o armário e em um misto de raiva e força consegui quebrar a fechadura do mesmo. Lá estava meu pai, dentro do que parecia um quarto do “pânico”, que dava acesso a todos os lugares da casa pela parede.

—Erick... - disse ele quase sem voz, mas foi o bastante para todos nós nos reunirmos ao seu lado puxando-o com cuidado para fora do “armário”. - me desculpem, por favor... Elisabeth...
—Denny, não, você não pode me deixar, não pode deixar nossos filhos.
—paizinho - indagou Bruna segurando sua mão
—eu amo vocês... – disse em fim fechando seus olhos para sempre.
—não, não! – exclamei agarrando seu corpo sem me importar com o sangue que agora sujava minha roupa. Bruna fez o mesmo transbordando em lagrimas.
—Meu Deus – disse minha mãe olhando em direção ao “armário”. Já não era mais surpresa, lá estava à menina a nos observar; notando nossos olhares estampou em sua face um sorriso diabólico. Imediatamente as portas do armário atrás dela começaram a abrir e fechar mostrando assim sua força.
Porem isso não era o suficiente, ela queria mais. Ergueu uma de suas mãos e a fechou rapidamente fazendo com que o corpo do meu pai fosse arrastado ate ela.
—não! – sussurramos.
A “menina” vendo o corpo a sua frente deixou suas grandes unhas tocarem seu tórax. Em seguida voltou a nos encarar, como se estivesse em busca de mais sofrimento rasgou o peito do meu pai como se o mesmo fosse apenas uma simples folha de papel. Após olhar o sangue escorrer em abundancia “ela” arrancou o coração de seu peito, o acomodou em suas mãos e começou a caminhar em nossa direção...

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Participação especial de Daanny *.*

domingo, 19 de setembro de 2010

Capítulo 07 - Jhom

Peguei o Ferro que estava ao lado da lareira e gritei:
_covarde! Aparece sua piranha covarde! Então a porta da casa se fechou sozinha. Todos com medo se abrigaram em um dos cantos da enorme sala. Em minha frente a alguns metros agora eu podia ver a assombração que nos atormentava. Sua boca estava cheia de sangue, porem seu rosto e corpo pareciam empoeirados, “ela” estava descalça e assim como em meu primeiro sonho tinha unhas enormes que mais pareciam garras. Era dona de um olhar perturbador.
_corram! – gritou meu pai fazendo minha mãe meu tio e Bruna o obedecerem imediatamente. Mas eu continuei lá, parado praticamente congelado cara a cara com a “menina” enquanto segurava a barra de ferro que nesse instante meu pai tirou de minhas mãos. A menina vendo a cena começou a gritar em um tom agudo, mas muito sinistro. Fechei os olhos pensando que iria morrer, foi quando ouvi a “menina” dar outro grito porem mais alto me obrigando a tapar os ouvidos. Quando em fim abri os olhos vi meu pai atravessando a barra de ferro sobre o corpo “não sólido” da criatura que aparentemente irritada flutuou ate a parede entrando na mesma.
—você esta bem filho?
—eu que deveria perguntar isso – disse dando um suspiro
—Não se preocupe... Vamos! Com certeza seu tio “as” levou ate a granja vazia. – concordei apenas assentindo com a cabeça
Saímos da casa e logo avistamos tio Jhom na porta da granja
—graças a Deus! – exclamou.

—como elas estão? – perguntou meu pai

—estão bem, assustadas, mas bem

—certo... Escutem-me... O ferro combate aquela coisa...
—igual nos filmes – interrompi
– precisamos de mais ferro, e o único lugar onde há mais é o porão.

—exato, temos que ir ate lá se quisermos sobreviver ate amanha

—pai, eu vou! – exclamei

—Mais não vai mesmo Erick, isso não é ficção

—eu vou com ele Denny, as mulheres... Elas precisam de alguém forte para protegê-las enquanto isso.

—você pode muito bem ir sozinho então... Meu filho não vai, eu já coloquei minha família em riscos de mais.
—Me deixa! – gritei
– eu tive um aviso, o meu irmão me falou em sonho... Falou que não era para EU deixar a “menina” peg
ar vocês – conclui batendo no peito.
—... Cuida dele Jhom! – disse meu pai de cabeça baixa
– você tem certeza mesmo que quer ir?

—tenho, mas... Se acontecer algo comigo...
—para com isso Jhom
—é serio! Só cuide bem da minha irmã, Elisabeth sempre foi minha responsabilidade

_certo – disse meu pai o abraçando.
Em seguida fomos em direção ao porão. Teríamos que ser rápidos, pois estávamos desprotegidos; A única barra de ferro que tínhamos estava com meu pai.
Ao abrir a porta do porão mal podíamos enxergar os degraus da escada.
—droga

—que foi tio?

—a luz... Não esta acendendo

—e agora?

—Calma, ao chegarmos lá em baixo vai haver duas mesas, uma a direita e outra a esquerda da escada, nelas vamos encontrar lanternas e alguns espetos de churrasqueiras que são de ferro...
—já entendi, a gente pega o mais rápido possível e se manda
—isso! E assim voltamos a andar no escuro. Alguns passos à frente assim como tio Jhom havia dito encontrei a t
al mesa. Passando a mão sobre a mesma senti três barras, as quais provavelmente seriam os espetos de ferro. Peguei-os imediatamente.
—Erick, onde você esta? Achou os espetos?

—aqui! – respondi lançando uma de minhas mãos na escuridão. Logo o achei e sem pensar muito me mantive ao seu lado.

—já peguei os espetos!

—quantos?

—três

—ótimo, agora me ajuda a achar a lanterna. Eu não fui feito para ficar no escuro. – disse soltando um riso que transparecia sua tensão.
Alguns minutos depois de começar a tatear a mesa consegui encontrar algo.
_achei!
_ah... Ao acender a luz forte da lanterna vi meu tio ainda de pé com os olhos arregalados. Após dar um grito abafado de dor vi seu corpo cair sem vinda no chão. Em estado de choque iluminei o resto do porão. Vi que a poucos centímetros do corpo de tio Jhom estava a “menina” que distraidamente lambia suas unhas ensangüentadas.Sem pensar duas vezes sai dali, e não ousei olhar para trás. Qua
ndo cheguei à granja bati na porta desesperadamente.
—sou eu! – gritei fazendo com que meu pai a abrisse imediatamente

—filho – exclamou minha mãe me abraçando como se eu fosse seu bem mais precioso.
—onde esta o Jhom Erick? – perguntou meu pai já imaginando o pior enquanto tirava a lanterna e os espetos de minhas mãos.
—ele... Morreu – conclui sem querer acreditar em minhas próprias palavras.

sábado, 28 de agosto de 2010

Capítulo 06 - Informação de Mais

Já na cidade, meus pais e tio Jhom se ocupavam comprando coisas no mercado, enquanto eu ligava para casa de Melany em um orelhão próximo dali:
”_alô é a casa da Melany Fox? – perguntei ansioso
_ah meu Deus, é sim, aqui quem fala é a mãe dela, por favor me diz que você sabe noticias sobre minha filinha._não... na... não sei noticias dela. desculpe senhora não queria incomodar. – disse desligando rapidamente.”
_Erick eu fui ate a casa da Emmy, e adivinha... Os pais pensavam que ela estava com a gente. Então contei que ela já havia ido “embora”.
_E eles ficaram muito preocupados?
_na verdade não, disseram que é típico da Emmy sumir.
_nesse caso não é coisa típica... A Melany também não voltou
_ “criançada” vamos embora – disse meu pai cheio de sacolas de mercado.
Entramos rapidamente no carro, e assim logo chegamos em casa. Ao abrir a porta nos deparamos com mais uma surpresa.
_o que significa isso? – perguntou tio Jhom olhando para parede da sala que estava completamente rabiscada formando a palavra “SAIAM DAQUI” – foi escrito com giz de cera – concluiu
_vocês dois vão limpar_mas não fomos nós – eu disse ainda surpreso com o que acabara de ver – foi o espírito.
_sim, é verdade – concordou Bruna
_vão os dois para o quarto – exclamou nossa mãe – deixa que eu limpo
_mas
_sem mais, vão agora
Sem pensar duas vezes subimos e nos trancamos novamente no meu quarto.
_o que vamos fazer Erick
_ eu não sei – indaguei andando pelo quarto
_hei o que é isso? – disse ela apontando para uma tabua solta do assoalho.
_vamos ver – falei enquanto puxava a tabua solta. – aqui tem um...
_livro?
_não, é um diário – exclamei passando a mão sobre a capa empoeirada do mesmo. – diário de Alex Fox.
O abri e comecei a ler e voz alta.


”Era só eu e minha filha adolescente em casa. Mas como qualquer outro homem tinha minhas necessidades. Primeiro pensei em cessá-las com qualquer mulher da vida, mas para que pagar se minha própria “menininha” poderia me dar prazer? Foi o que fiz. Em uma noite fui ate seu quarto e a possui a força, depois daquele dia minha filha tornou-se minha mulher por todas as outras noites. Porem ela engravidou e após ganhar a aberração que nunca ninguém soube da existência, acabou se enforcando no porão. Mantive a aberração trancada durante sete anos de sua vida, mas eu precisava acabar com aquilo. Arranquei um dos elevadores de comida e coloquei a aberração lá dentro, em seguida fechei todos os outros elevadores com cimento. Por dias ouvi a “coisa” arranhar as paredes ate que em fim os barulhos acabaram. Porem agora eles voltaram. Não consigo entender como isso esta acontecendo.
12/05/09”
Ao terminar a inquietante leitura uma força sobrenatural me jogou contra parede me fazendo perder a consciência.
Quando acordei não tinha noção de quanto tempo havia se passado, só sabia que meus pais e minha irmã estavam ali por que eu podia os ver ao lado de minha cama.
_eu contei tudo para eles! – disse Bruna segurando o velho o diário.
_É impossível duvidar com tantas provas – indagou meu pai enquanto mamãe segurava uma das minhas mãos. – seu tio foi ate a cidade chamar um padre, já deve estar voltando.
Mal ele terminou a frase e tio Jhom cruzou a porta do meu quarto. Imediatamente me levantei tentando não demonstrar a forte dor de cabeça que predominava sobre mim.
_o padre nos espera lá em baixo – exclamou em tom serio
Enquanto descíamos do alto da escada eu pude ver o velho padre que segurava com ele algo que parecia um copo que continha provavelmente água benzida.
_eu posso sentir a energia, algo muito maligno domina esse lar –disse ele andando ate a cozinha. – Em nome de Deus todo-poderoso afastem-se dessa família os maus espíritos – exclamou enquanto jogava um pouco da água na parede – que inspirais maus pensamentos aos homens – nesse momento um ar frio invadiu a casa, portas de armários começaram a bater e a mesa de centro parecia ter criado vida. Porem o padre continuou - Espíritos velhacos e mentirosos, que os enganais; Espíritos zombeteiros, que vos divertis com a credulidade deles, eu vos repilo com todas as forças de minha alma e fecho os ouvidos às vossas sugestões; mas, imploro para vós a misericórdia de Deus. – agora o padre parara de falar seus olhos pareciam ter vidrado em um ponto fixo, não demorou muito ate seu rosto começar a ficar vermelho – se afastem – gritou sem ar – Mas não tivemos tempo de dar um passo sequer, em um único movimento o pescoço do padre virou fazendo-o cair imediatamente ao chão. Muito sangue saia de sua boca entreaberta.

Nos entreolhamos apavorados e corremos para fora. A única saída aparente era fugir da casa naquele exato momento, no entanto isso não aconteceria, pois quando chegamos ao carro seus pneus estavam rasgados.
_não, isso não pode estar acontecendo – disse minha mãe quase suplicando para que aquilo fosse um pesadelo.
_ah – gritou Bruna – ela esta ali! – exclamou apontando para os arbustos do jardim que não estava tão longe de nós.
_voltem para casa... AGORA! – ordenou tio Jhom
Quando abri a porta me deparei com um rastro de sangue que ia da porta ate a parede em frente à lareira, lá estava o corpo do meu cachorro, o pobre animal estava completamente deformado e com seus órgãos caninos a mostra para quem quisesse os ver. Da parede escorria sangue do mesmo pois a “menina” havia deixado mais um de seus recados sangrentos:
“agora já e tarde para ir embora!”