quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Avisooo *--*

Pessoal , qem quiser me adc no msn ou orkut , o email táh aê : julia_fiorentin@hotmail.com
Se for adc , avise qe é um leitor , ;**

11 - No final , fica tudo bem mesmo ??

Fiquei surpreso ao perceber que suas palavras realmente se concretizaram. Era como se eu tivesse renascido, assim como uma fênix renasce das cinzas.
Agora com facilidade peguei os espetos a caixa de fósforos e a garrafa de gasolina. Em seguida voltei à sala e subi as escadas. Passando de quarto em quarto fui deixando cair um pouco de gasolina ate chegar ao corredor e mais uma vez na escada. Quando cheguei no ultimo degrau ascendi um fósforo e o deixei cair causando imediatamente um enorme rastro de fogo na parte superior da casa.

Voltei ate a cozinha e joguei o resto da gasolina ao lado do botijão de gás, em seguida liguei o fogão e ascendi o fósforo.

Corri ate a sala porem a explosão na cozinha ocorreu mais rápido do que eu pude imaginar: Antes de chegar à janela a força da explosão me fez cair no chão, fazendo-me perder tudo que segurava; esforçando-me para ver em meio a fumaça consegui observar o “corpo” da “menina” queimando assim como a madeira da casa. Dei um meio sorriso ao perceber que seus ossos em algum lugar das tantas paredes estavam sendo destruídos, em fim virando apenas cinzas
—eu consegui? – perguntei a mim mesmo soltando um longo suspiro que me fez engasgar com a fumaça. – eu consegui! – exclamei.

Quando em fim achei a janela dei uma ultima olhada para trás... A “menina” ainda queimava, mas agora seu olhar havia mudado. Era como se ela estivesse me agradecendo por ter feito aquilo.

Sem entender muito bem o que isso significava pulei a janela pela qual Bruna havia fugido. Então ao sair da casa vi várias viaturas da policia assim como ambulâncias.

Ao notarem que eu sairá vivo algumas pessoas de branco caminharam em minha direção.

—onde está minha irmã? - perguntei
—não se preocupe, ela está bem. Logo vocês irão se encontrar. – indagou a única mulher do grupo, a qual era alta e possuía cabelos negros.

—ela está no hospital?

—não exatamente!

—como assim?

—sua irmã foi desesperada ate um vizinho, ele a levou na delegacia. Ao ouvir o depoimento dela eles nos chamaram – disse apontando para os policiais.

—quem são vocês? – perguntei enquanto recuava alguns passos.

—somos do hospital psiquiátrico da cidade

—não entendo... Minha irmã e eu não estamos loucos!

—vocês mataram uma família alegando que o responsável era um espírito!

—por favor... Não me levem! – exclamei sentindo meu corpo gelar.

—pessoal, peguem ele... – ordenou a mulher.

—Eu não sou louco! – gritei na tentativa de alguém acreditar, porem enquanto me arrastavam ate a sombria combi branca todos me ignoravam. – Eu não sou louco! – tentei mais uma vez, entre tanto foi em vão.



Fiim ... ¬¬'

sábado, 23 de outubro de 2010

10 - A Luz

Após alguns minutos sentado percebi que eu não tinha direito de chorar. Era um privilégio que me foi roubado.
Voltando a cruel realidade levantei tentando banalizar a dor que era insuportável.

Fui o mais rápido que pude ate a cozinha e peguei uma pequena caixa de fósforos.

—droga – disse passando a mão sobre minha boca a qual era dominada por um forte gosto de sangue.

Abaixei-me ao lado da pia e peguei uma garrafa. Eu sempre soube o que continha nela. Gasolina. Eu só não esperava tela que usar-la da forma como faria.

Ao erguer a cabeça para me levantar, vi aqueles pés, pés sujos. Os pés da menina. Pela primeira vez eu podia ver através dela. Mas isso não era o que mais assustava. Ela segurava uma faca a qual estava apontada para minha cabeça.

Entre tanto, seu riso apavorante foi ofuscado por uma luz branca, que de tão intensa me forçou a fechar os olhos.
Quando voltei a os abrir a menina não estava mais lá. Quem estava agora em minha frente era Íam.

—meu Deus! – exclamei, enquanto ele sorria serenamente jogando a faca que antes estava nas mãos da menina.
– o que é você?

—agora eu sou um anjo.
—anjo da guarda...?

—não temos muito tempo – disse ele – eu me orgulho de você, mas agora faça o que tem que fazer – concluiu colocando sua mão em minha cabeça. – toda a dor vai sumir!

Ao falar isso Íam magicamente desapareceu diante dos meus olhos.






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Desculpem ser pequeno , é qe estou sem muita idéia ;/ Espero qe gostem (yn'

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

09 - Restos de Família

Agora em fim teria chego nossa hora? Tudo indicava que sim.
Minha mãe segurava um dos espetos sem firmeza, enquanto Bruna me passava os que estavam em suas mãos.
—corram lá para cima “crianças”.
—não vamos deixar a senhora aqui!
—vão! – gritou – façam por mim.
A olhando com angustia segurei Bruna pelo braço. Juntos subimos a escada.
Agora a menina havia parado de caminhar. Apenas olhava fixamente para minha mãe.
—vai para o meu quarto Bruna!
—Erick...
—vai que eu já vou!
Quando Bruna em fim me obedeceu a “menina” largou o coração no chão e assim como antes ergueu uma de suas mãos fazendo com que imediatamente minha mãe fosse forçada a se encostar contra a parede.

Logo uma mancha de sangue surgiu no centro de sua blusa Branca. Enquanto morria seus olhos me fintavam.
Eu não podia ficar olhando aquilo. Algo mais forte do que eu me fez descer as escadas. Mas a menina era esperta. Com sua outra mão me jogou contra a lareira, me fazendo deixar os espetos cair enquanto batia a cabeça. O corpo da minha mãe já estava desfalecido no chão e a atenção da menina se voltara toda contra mim.
Só com seu olhar rancoroso me fez levantar. Já podia sentir o sangue quente sair de minhas narinas.
•••


—você não vai matar o que restou da minha família! – gritou Bruna, que sem eu perceber desceu as escadas e pegou os espetos de ferro. – vadia! – disse em fim fazendo o ferro atravessar a menina que imediatamente desapareceu.
— nossa... Mãe! – exclamei quase sem voz.
Ela me encarou e se aproximou do corpo confirmando sua morte.
—temos que sair daqui... Agora somos só eu e você. – indagou enquanto estendia um dos espetos ate mim.
Com dificuldade me levantei e fui ate ela. Usei o espeto como uma espécie de bengala. Em seguida caminhamos ate a porta.
—droga!
— Bruna, por favor, não me diga que...
—a porta não abre. – concluiu.
—estou com muita dor!
—que eu faço Erick? Eu não quero que você morra!
—você... Precisa sair daqui Bruna – disse entre soluços
—... Perdoa-me se eu não fui uma boa irmã... Eu te juro que se eu pudesse voltar no tempo...
—irmãzinha... Não fica assim, eu tenho um plano, você vai sair daqui, e vai buscar ajuda.
—não! – disse ela enquanto me via caminhar ate a janela próxima dali.
Tirei minha blusa e a enrolei sobre a mão. Em um rápido movimento quebrei o vidro da mesma.
—vai.
—vem comigo!
—eu não vou agüentar caminhar tanto!
—Erick!
—tenho que acabar com ela...
—Mais como?
—você vai ver quanto voltar... Agora, vai.
—ta, vamos sair dessa. – antes de pular a janela com dificuldade, Bruna pegou o outro espeto que estava junto ao corpo de nossa mãe e me entregou.
—fica com os dois.
Quando ela saiu o silencio amedrontador tomou conta do lugar. Quase vencido pelo cansaço deslizei meu corpo sobre a parede, minhas duas mãos sujas de sangue agora estavam enxugando lagrimas, as lagrimas que há horas eu segurava...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Capítulo 08 - Vida Real

Finalmente minha mãe parecia ter aceitado o grande “fato”. Suas lagrimas em fim cessaram.
Porem a cada minuto que se passava podia sentir o clima ficar mais tenso, todos sem exceção estavam com medo... A forma como eu provavelmente iria morrer me agoniava.
— a pilha da lanterna vai acabar logo! – indagou meu pai.
—se assim como nos filmes o ferro funciona contra a assombração, talvez a nossa única saída seja queimar os ossos da “menina” – disse Bruna se levantando inesperadamente. – Ela... Morreu dentro da parede, os ossos só podem estar lá.
—Bruna... – disse minha mãe tentando a fazer parar.
—A parede é fina, com essas barras podemos quebrá-la pai!
—filha... Para isso vamos ter que voltar a casa, e isso é mais perigoso do que ficar aqui.
—temos como nos defender! – Disse me colocando ao lado de Bruna – se ficarmos aqui sem fazer nada ai sim vamos todos morrer.
—você fala de um jeito que parece ser tão fácil... Eu estou com medo – disse enquanto colocava a luz da lanterna em seu rosto, deixando assim transparecer o suor de nervosismo em sua testa.
—Se a menina não aparecer e nos matar vamos morrer de qualquer jeito, se o senhor não sabe todos nós precisamos de comida e água, sem isso não podemos viver.
—é bom você ficar quieto – indagou fechando sua mão.
—você acha que eu não estou com medo?
—eu disse para você ficar quieto – Gritou vindo em minha direção.
—Para com isso!
—ate você Elisabeth? – disse meu pai surpreso ao ver minha mãe se levantar para interferir
—Se esse for o único jeito de salvar o que restou da minha família, mesmo correndo riscos eu digo que sim, ate eu Denny.
—você não tem condição de falar nada...
—ta, então eu não vou falar, eu vou fazer, me de essas barras que nós vamos sem você.
—o que?
—é isso mesmo
—espera... Isso não. – disse olhando para minha mãe – Aonde vamos começar a quebrar? – Perguntou em fim concordando com o “plano”.
—cozinha – indaguei quase em um sussurro
—por causa do cheiro – concluiu Bruna
—tomem – disse meu pai entregando os três espetos para cada um de nós, enquanto se mantinha com a barra de ferro.
—na lavanderia!
—o que disse Elisabeth?
—na lavanderia há algumas ferramentas do Jhom , ele... Esqueceu lá no dia que me ajudou a instalar as maquinas. Tenho certeza que na caixa de ferramentas tem uma marreta, não vai servir para nos defendermos, mas vai ser bem mais útil do que os ferros para quebrar a parede.
—ótimo... Estão prontos? – perguntou iluminando a maçaneta da porta.
—sim – dissemos juntos.
Enquanto saia da granja o vento frio que ali soprava batia forte contra meu rosto, quase me fazendo esquecer das cenas horríveis que voltaria a ver.
Ao abrir a porta constatamos que assim como o porão a casa também estava sem luz. Agora todos torciam para as pilhas da lanterna não acabar.
—todo cuidado é pouco, lembrem-se – disse meu pai tentando não iluminar os “pontos críticos” que ali estavam, porem ao passar pela sala podíamos sentir o sangue de Baster grudar em nossos sapatos.
—ai – disse Bruna agoniada
—fica calma – exclamei pegando em sua mão – tudo vai dar certo
—chegamos na cozinha – informou meu pai – agora vamos ate a porta da lavanderia e cuidado com o...Corpo do padre.
Pude escutar alguns soluções de choro enquanto tentava me manter firme e calmo na “quase escuridão” total que deixaria qualquer um com os nervos a flor da pele.
— fiquem aqui – disse se referindo a minha mãe e a Bruna – Erick, segura a lanterna enquanto eu abro a porta.
—certo.
Ao vê-lo abrir a porta me senti aliviado por nenhuma surpresa inesperada ter acontecido.
—peguei – disse fechando a porta com a caixa de ferramentas em mãos – ilumina aqui.
—ok
—achei! – exclamou pegando uma marreta
Ao terminar a frase a luz da casa voltou, nos obrigando a olhar para tudo que podíamos ignorar no escuro.
—eu não agüento isso – disse minha mãe encarando o corpo do padre.
—não olha! – indagou Bruna a virando para o outro lado
—temos que nos controlar – eu disse olhando para a lanterna que segurava – acaba logo com isso pai.
Com um olhar cansado ele ergueu a marreta e a bateu contra a parede, fazendo a mesma ceder em um grande buraco, o que fez com que um forte cheiro de carniça invadisse a cozinha.
—passa a lanterna filho
—toma! – disse a entregando. Em seguida peguei a barra de ferro que ele havia deixado no chão.
—ah meus Deus!
—o que foi? – perguntei
—responde Denny – exclamou minha mãe.
—Melany e Emmy
—não... Não pode – disse me aproximando da parede quebrada
Ao olhar encontrei os dois corpos já em adiantado estado de decomposição – como elas foram parar ai!? – exclamei enxugando algumas lagrimas.
—calma filho!
—como você quer que eu fique calmo? Eu tentei ficar, tentei deixar todos calmos... Mais a realidade é que a gente vai morrer!
—cuidado Denny, a “menina”! – gritou minha mãe
Porem o aviso veio tarde. Quando nos demos conta do perigo a menina já o havia puxado para dentro do buraco na parede.
—pai! – gritei desesperado enquanto me seguravam para que eu não “entrasse na parede” também.
Enquanto chorávamos horrorizados podíamos escutar os gritos de dor que meu “pobre” pai dava enquanto a menina o arrastava em meio à parede.
Porem logo o barulho cessou.
—parou na sala – eu disse guardando a lanterna que ele havia deixado cair ao ser puxado. Entreguei um dos ferros que segurava para Bruna a deixando assim com dois. Em seguida corri ate a sala e me deparei com o velho armário de madeira escorrendo sangue por entre as portas. Imediatamente tentei o abrir, mas minha tentativa foi frustrada, ele estava trancado.
—dês de que nos mudamos esse armário está trancado, seu pai disse que nem a Melany tinha a chave. – indagou minha mãe ainda em lagrimas.
—ah... Agora eu sei como “elas” foram parar na parede... Eu... Vou tirar meu pai daí. – Fui ate a cozinha e peguei a marreta. Tomado por fúria marchei de novo ate a sala. Encarei o armário e em um misto de raiva e força consegui quebrar a fechadura do mesmo. Lá estava meu pai, dentro do que parecia um quarto do “pânico”, que dava acesso a todos os lugares da casa pela parede.

—Erick... - disse ele quase sem voz, mas foi o bastante para todos nós nos reunirmos ao seu lado puxando-o com cuidado para fora do “armário”. - me desculpem, por favor... Elisabeth...
—Denny, não, você não pode me deixar, não pode deixar nossos filhos.
—paizinho - indagou Bruna segurando sua mão
—eu amo vocês... – disse em fim fechando seus olhos para sempre.
—não, não! – exclamei agarrando seu corpo sem me importar com o sangue que agora sujava minha roupa. Bruna fez o mesmo transbordando em lagrimas.
—Meu Deus – disse minha mãe olhando em direção ao “armário”. Já não era mais surpresa, lá estava à menina a nos observar; notando nossos olhares estampou em sua face um sorriso diabólico. Imediatamente as portas do armário atrás dela começaram a abrir e fechar mostrando assim sua força.
Porem isso não era o suficiente, ela queria mais. Ergueu uma de suas mãos e a fechou rapidamente fazendo com que o corpo do meu pai fosse arrastado ate ela.
—não! – sussurramos.
A “menina” vendo o corpo a sua frente deixou suas grandes unhas tocarem seu tórax. Em seguida voltou a nos encarar, como se estivesse em busca de mais sofrimento rasgou o peito do meu pai como se o mesmo fosse apenas uma simples folha de papel. Após olhar o sangue escorrer em abundancia “ela” arrancou o coração de seu peito, o acomodou em suas mãos e começou a caminhar em nossa direção...

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Participação especial de Daanny *.*

domingo, 19 de setembro de 2010

Capítulo 07 - Jhom

Peguei o Ferro que estava ao lado da lareira e gritei:
_covarde! Aparece sua piranha covarde! Então a porta da casa se fechou sozinha. Todos com medo se abrigaram em um dos cantos da enorme sala. Em minha frente a alguns metros agora eu podia ver a assombração que nos atormentava. Sua boca estava cheia de sangue, porem seu rosto e corpo pareciam empoeirados, “ela” estava descalça e assim como em meu primeiro sonho tinha unhas enormes que mais pareciam garras. Era dona de um olhar perturbador.
_corram! – gritou meu pai fazendo minha mãe meu tio e Bruna o obedecerem imediatamente. Mas eu continuei lá, parado praticamente congelado cara a cara com a “menina” enquanto segurava a barra de ferro que nesse instante meu pai tirou de minhas mãos. A menina vendo a cena começou a gritar em um tom agudo, mas muito sinistro. Fechei os olhos pensando que iria morrer, foi quando ouvi a “menina” dar outro grito porem mais alto me obrigando a tapar os ouvidos. Quando em fim abri os olhos vi meu pai atravessando a barra de ferro sobre o corpo “não sólido” da criatura que aparentemente irritada flutuou ate a parede entrando na mesma.
—você esta bem filho?
—eu que deveria perguntar isso – disse dando um suspiro
—Não se preocupe... Vamos! Com certeza seu tio “as” levou ate a granja vazia. – concordei apenas assentindo com a cabeça
Saímos da casa e logo avistamos tio Jhom na porta da granja
—graças a Deus! – exclamou.

—como elas estão? – perguntou meu pai

—estão bem, assustadas, mas bem

—certo... Escutem-me... O ferro combate aquela coisa...
—igual nos filmes – interrompi
– precisamos de mais ferro, e o único lugar onde há mais é o porão.

—exato, temos que ir ate lá se quisermos sobreviver ate amanha

—pai, eu vou! – exclamei

—Mais não vai mesmo Erick, isso não é ficção

—eu vou com ele Denny, as mulheres... Elas precisam de alguém forte para protegê-las enquanto isso.

—você pode muito bem ir sozinho então... Meu filho não vai, eu já coloquei minha família em riscos de mais.
—Me deixa! – gritei
– eu tive um aviso, o meu irmão me falou em sonho... Falou que não era para EU deixar a “menina” peg
ar vocês – conclui batendo no peito.
—... Cuida dele Jhom! – disse meu pai de cabeça baixa
– você tem certeza mesmo que quer ir?

—tenho, mas... Se acontecer algo comigo...
—para com isso Jhom
—é serio! Só cuide bem da minha irmã, Elisabeth sempre foi minha responsabilidade

_certo – disse meu pai o abraçando.
Em seguida fomos em direção ao porão. Teríamos que ser rápidos, pois estávamos desprotegidos; A única barra de ferro que tínhamos estava com meu pai.
Ao abrir a porta do porão mal podíamos enxergar os degraus da escada.
—droga

—que foi tio?

—a luz... Não esta acendendo

—e agora?

—Calma, ao chegarmos lá em baixo vai haver duas mesas, uma a direita e outra a esquerda da escada, nelas vamos encontrar lanternas e alguns espetos de churrasqueiras que são de ferro...
—já entendi, a gente pega o mais rápido possível e se manda
—isso! E assim voltamos a andar no escuro. Alguns passos à frente assim como tio Jhom havia dito encontrei a t
al mesa. Passando a mão sobre a mesma senti três barras, as quais provavelmente seriam os espetos de ferro. Peguei-os imediatamente.
—Erick, onde você esta? Achou os espetos?

—aqui! – respondi lançando uma de minhas mãos na escuridão. Logo o achei e sem pensar muito me mantive ao seu lado.

—já peguei os espetos!

—quantos?

—três

—ótimo, agora me ajuda a achar a lanterna. Eu não fui feito para ficar no escuro. – disse soltando um riso que transparecia sua tensão.
Alguns minutos depois de começar a tatear a mesa consegui encontrar algo.
_achei!
_ah... Ao acender a luz forte da lanterna vi meu tio ainda de pé com os olhos arregalados. Após dar um grito abafado de dor vi seu corpo cair sem vinda no chão. Em estado de choque iluminei o resto do porão. Vi que a poucos centímetros do corpo de tio Jhom estava a “menina” que distraidamente lambia suas unhas ensangüentadas.Sem pensar duas vezes sai dali, e não ousei olhar para trás. Qua
ndo cheguei à granja bati na porta desesperadamente.
—sou eu! – gritei fazendo com que meu pai a abrisse imediatamente

—filho – exclamou minha mãe me abraçando como se eu fosse seu bem mais precioso.
—onde esta o Jhom Erick? – perguntou meu pai já imaginando o pior enquanto tirava a lanterna e os espetos de minhas mãos.
—ele... Morreu – conclui sem querer acreditar em minhas próprias palavras.

sábado, 28 de agosto de 2010

Capítulo 06 - Informação de Mais

Já na cidade, meus pais e tio Jhom se ocupavam comprando coisas no mercado, enquanto eu ligava para casa de Melany em um orelhão próximo dali:
”_alô é a casa da Melany Fox? – perguntei ansioso
_ah meu Deus, é sim, aqui quem fala é a mãe dela, por favor me diz que você sabe noticias sobre minha filinha._não... na... não sei noticias dela. desculpe senhora não queria incomodar. – disse desligando rapidamente.”
_Erick eu fui ate a casa da Emmy, e adivinha... Os pais pensavam que ela estava com a gente. Então contei que ela já havia ido “embora”.
_E eles ficaram muito preocupados?
_na verdade não, disseram que é típico da Emmy sumir.
_nesse caso não é coisa típica... A Melany também não voltou
_ “criançada” vamos embora – disse meu pai cheio de sacolas de mercado.
Entramos rapidamente no carro, e assim logo chegamos em casa. Ao abrir a porta nos deparamos com mais uma surpresa.
_o que significa isso? – perguntou tio Jhom olhando para parede da sala que estava completamente rabiscada formando a palavra “SAIAM DAQUI” – foi escrito com giz de cera – concluiu
_vocês dois vão limpar_mas não fomos nós – eu disse ainda surpreso com o que acabara de ver – foi o espírito.
_sim, é verdade – concordou Bruna
_vão os dois para o quarto – exclamou nossa mãe – deixa que eu limpo
_mas
_sem mais, vão agora
Sem pensar duas vezes subimos e nos trancamos novamente no meu quarto.
_o que vamos fazer Erick
_ eu não sei – indaguei andando pelo quarto
_hei o que é isso? – disse ela apontando para uma tabua solta do assoalho.
_vamos ver – falei enquanto puxava a tabua solta. – aqui tem um...
_livro?
_não, é um diário – exclamei passando a mão sobre a capa empoeirada do mesmo. – diário de Alex Fox.
O abri e comecei a ler e voz alta.


”Era só eu e minha filha adolescente em casa. Mas como qualquer outro homem tinha minhas necessidades. Primeiro pensei em cessá-las com qualquer mulher da vida, mas para que pagar se minha própria “menininha” poderia me dar prazer? Foi o que fiz. Em uma noite fui ate seu quarto e a possui a força, depois daquele dia minha filha tornou-se minha mulher por todas as outras noites. Porem ela engravidou e após ganhar a aberração que nunca ninguém soube da existência, acabou se enforcando no porão. Mantive a aberração trancada durante sete anos de sua vida, mas eu precisava acabar com aquilo. Arranquei um dos elevadores de comida e coloquei a aberração lá dentro, em seguida fechei todos os outros elevadores com cimento. Por dias ouvi a “coisa” arranhar as paredes ate que em fim os barulhos acabaram. Porem agora eles voltaram. Não consigo entender como isso esta acontecendo.
12/05/09”
Ao terminar a inquietante leitura uma força sobrenatural me jogou contra parede me fazendo perder a consciência.
Quando acordei não tinha noção de quanto tempo havia se passado, só sabia que meus pais e minha irmã estavam ali por que eu podia os ver ao lado de minha cama.
_eu contei tudo para eles! – disse Bruna segurando o velho o diário.
_É impossível duvidar com tantas provas – indagou meu pai enquanto mamãe segurava uma das minhas mãos. – seu tio foi ate a cidade chamar um padre, já deve estar voltando.
Mal ele terminou a frase e tio Jhom cruzou a porta do meu quarto. Imediatamente me levantei tentando não demonstrar a forte dor de cabeça que predominava sobre mim.
_o padre nos espera lá em baixo – exclamou em tom serio
Enquanto descíamos do alto da escada eu pude ver o velho padre que segurava com ele algo que parecia um copo que continha provavelmente água benzida.
_eu posso sentir a energia, algo muito maligno domina esse lar –disse ele andando ate a cozinha. – Em nome de Deus todo-poderoso afastem-se dessa família os maus espíritos – exclamou enquanto jogava um pouco da água na parede – que inspirais maus pensamentos aos homens – nesse momento um ar frio invadiu a casa, portas de armários começaram a bater e a mesa de centro parecia ter criado vida. Porem o padre continuou - Espíritos velhacos e mentirosos, que os enganais; Espíritos zombeteiros, que vos divertis com a credulidade deles, eu vos repilo com todas as forças de minha alma e fecho os ouvidos às vossas sugestões; mas, imploro para vós a misericórdia de Deus. – agora o padre parara de falar seus olhos pareciam ter vidrado em um ponto fixo, não demorou muito ate seu rosto começar a ficar vermelho – se afastem – gritou sem ar – Mas não tivemos tempo de dar um passo sequer, em um único movimento o pescoço do padre virou fazendo-o cair imediatamente ao chão. Muito sangue saia de sua boca entreaberta.

Nos entreolhamos apavorados e corremos para fora. A única saída aparente era fugir da casa naquele exato momento, no entanto isso não aconteceria, pois quando chegamos ao carro seus pneus estavam rasgados.
_não, isso não pode estar acontecendo – disse minha mãe quase suplicando para que aquilo fosse um pesadelo.
_ah – gritou Bruna – ela esta ali! – exclamou apontando para os arbustos do jardim que não estava tão longe de nós.
_voltem para casa... AGORA! – ordenou tio Jhom
Quando abri a porta me deparei com um rastro de sangue que ia da porta ate a parede em frente à lareira, lá estava o corpo do meu cachorro, o pobre animal estava completamente deformado e com seus órgãos caninos a mostra para quem quisesse os ver. Da parede escorria sangue do mesmo pois a “menina” havia deixado mais um de seus recados sangrentos:
“agora já e tarde para ir embora!”

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Capítulo 05 - Onde está Emmy !?

A imagem que havia visto no banheiro não saia da minha cabeça, no entanto talvez agora os sonhos com meu irmão tivessem lógica.
Antes de adormecer lembro que cogitei a hipótese de estar realmente ficando louco, por que convenhamos, as pessoas geralmente não vêem coisas “sobrenaturais” e viram alvos de bolas que saem do closet inesperadamente.
•••
No dia seguinte quando acordei tudo o que havia se passado na noite anterior caiu como uma avalanche sobre mim. Notei que Emmy não estava do meu lado na cama, então me troquei rapidamente e desci ate a cozinha onde quase todos estavam tomando seu café da manha.
_viram a Emmy?
_ela não estava com você no quarto? – perguntou tio Jhom
_brigamos ontem à noite e ela saiu!
_deve ter ido embora se ainda não voltou! – exclamou minha mãe me olhando “feio”.
_acho que não, as coisas dela estão ai. E depois como ela iria embora!?
_deve ter pedido carona para algum caminhoneiro – disse Bruna enquanto abafava sua risada.
_cala a boca!... Não posso nem ligar para ela por que nesse “fim de mundo” não tem nem linha telefônica – disse irritado
_por que vocês brigaram? – perguntou meu pai, fazendo com que todos os olhares da mesa se voltassem a mim.
_vocês querem saber mesmo!?...Eu vi um vulto enquanto estava no banheiro. Contei para ela, e ela achou que eu estava louco! – disse cruzando os braços sobre a mesa sem me importar com o que eles iriam pensar
_que fantasma em sã consciência iria querer te ver no banheiro? – Bruna gargalhou ao terminar a fase.
_Por Deus Erick, você já devia ter passado dessa fase de “fantasminhas” - exclamou minha mãe.
_são uns idiotas mesmo – disse me levantando da mesa.
_Erick volta aqui – gritava meu pai, sem que eu desse o mínimo de atenção.
Em frente a casa olhei tudo à minha volta. Cheguei à conclusão que nem fugir das pessoas que não acreditavam em mim eu poderia, estava “quase enclausurado”. Por isso a notável falta de opção me fez caminhar em volta da casa. Parei surpreso quando vi um bando de corvos brigando por algo que estava ao lado da porta do porão.

A principio como não estava tão perto pude ver algo que parecia um sinto. Mas à medida que me aproximei pude ver que os corvos lutavam por uma bolsa, que com certeza estava escondida atrás dos vasos que ali se encontravam. Rapidamente espantei os corvos e peguei a bolsa. Esta me parecia muito familiar.
_Erick o que você fez foi muito errado Filho – disse meu pai, me fazendo esconder a bolsa cautelosamente por dentro do meu agasalho. – eu sei que isso tudo é muito novo para você, mas...
_eu vou para o meu quarto – indaguei enquanto me virava cruzando os braços sobre o agasalho para assim não ser notado.
_só reflita um pouco – disse enquanto passava sua mão sobre meu ombro
_ok – finalizei andando rapidamente para dentro de casa.
Subi ate meu quarto e tranquei a porta, o único que me fazia companhia naquele momento, era Bastar, que mordiscava a cabeça de boneca que “havíamos” encontrado no closet.
_vamos lá, você consegue lembrar! – me incentivei enquanto colocava a bolsa sobre a cama – Em um rápido FlachBack lembrei da seguinte cena:

”_estou ansioso para conhecer a casa, senhora...? Desculpe, esqueci seu nome! – disse meu pai envergonhado.
_Melany, Melany Fox – disse tirando uma chave de sua bolsa”

_é a mesma bolsa – falei para mim mesmo enquanto a abria.
Deixei cair sobre a cama tudo que continha dentro. A maioria eram coisas banais, porem em outro zíper da bolsa encontrei uma pequena agenda na qual a principio só havia números telefônicos, mas a folheando lentamente encontrei um recorte de jornal muito bem dobrado. O abri e imediatamente comecei a ler:

”Ontem na noite de sexta feira, do dia 13/05/09 foi encontrado o corpo de Alex fox em um dos quartos de sua casa. Os investigadores do caso alegam que Alex foi retalhado ate a morte, porem esse fato não é o mais curioso no caso, pois a casa não tinha sinais de arrombamento. Alex fox vivia sozinho dês de que sua mulher morreu no parto de uma de suas filhas a qual anos depois veio a se enforcar no porão da residência. Agora a responsável pela imensa casa de campo será a sua outra filha que tivera fora do casamento, Melany Fox.”

Minhas mãos que antes estavam firmes agora tremiam enquanto eu olhava a imagem da mãe e da filha já mortas. A menina que eu havia visto na janela era muito parecida com a filha do homem, no entanto alguns traços não batiam, fato que me deixou conturbado. Precisava ir à cidade e ligar para alguém da Família da Melany, o numero não era problema já que eu possuía sua agenda.
_Erick, abre a porta, sou eu Bruna – guardei a agenda com o pedaço de jornal em meu bolso e fui ate a porta.

_entra rápido – disse a deixando passar enquanto trancava a porta outra vez
_de quem são essas coisas? – perguntou olhando para cama.
_preciso que você acredite em mim – indaguei a fazendo-a sentar. Logo contei todo o ocorrido, ate mesmo os sonhos com Íam.
_mas por que só você vê essas coisas Erick?
_eu não sei, só sei que a Emmy sumiu... E você precisa me ajudar a convencer nossos pais a ir cidade

_isso não tem lógica – Bruna exclamou passando as mãos em seu cabelo, o que só deixava claro que ela estava nervosa.
_claro que tem lógica, se a Emmy e a Melany não voltaram para casa isso quer dizer que... Que esse espírito esta matando as pessoas.
Quando terminei a frase assim como na noite anterior algo começou a arranhar a parede, o barulho parecia se estender a todos os cantos do quarto enquanto a luz piscava como nunca havia visto. Bruna segurou minhas mãos completamente assustada enquanto abria a boca para falar algo.
_Pa... Pai nosso que estais no céu – disse ela, em seguida continuamos juntos. – santificado seja o vosso nome, venha nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu, o pão nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixe cair em tentação, mas livrai-nos do mal – ao falar a palavra “mal” todo o barulho cessou e a lâmpada que piscava queimou.
_agora você acredita em mim!?

_eu quero minha mãe – disse ela saindo do quarto o mais rápido que suas pernas puderam correr. Fui atrás dela.
Quando cheguei a sala notei que o fenômeno só havia ocorrido no meu quarto, pois todos que ali estavam aparentavam serenidade.
_mãe, pai, a gente precisa ir à cidade
_ate você Bruna?
_por favor!
_o tio Jhom leva vocês

_Não! – exclamei de um modo tenso pois seria muito perigoso alguém ficar sozinho na casa – seria legal se todos nós fossemos
_Denny amor... Posso aproveitar e comprar algumas coisas no mercado – disse minha mãe
_é impressionante... Vocês sempre vencem...

domingo, 22 de agosto de 2010

Capítulo 04 - A mudança

Dois dias se passaram. Agora estávamos chegando com o caminhão de mudança na casa. Emmy estava conosco iria passar a primeira noite junto há nós.
Enquanto tirava algumas caixas do caminhão escutei meus pais conversarem:
_não estou com um bom pressentimento
_Elisabeth, acabamos de sai de um “trauma”, é normal você se sentir assim... O que pode dar errado em um campo?
_tem razão – disse minha mãe dando um doce sorriso
_Erick, vem vamos conhecer seu quarto amor – exclamou Emmy. Não pude deixa
r de pensar besteira, mesmo sabendo que a frase não tinha duplo sentido.
•••
Logo toda mudança já estava arrumada em seu devido lugar. Emmy dormia em minha cama, e eu estava sentado no chão com meu cachorro, Baster fazendo companhia enquanto passava um pano em meus velhos prêmios de futebol da quinta, sexta e sétima serie.
_opa que isso garoto!? - indaguei olhando para Baster que rosnava em direção ao closet – você acha que tem alguma coisa lá? - falei enquanto olhava para porta entreaberta do mesmo.
A principio pensei ser algum bicho, mas fui surpreendido quando a mesma bola que rolará a escada alguns dias atrás, sairá do closet com força, como se alguém a tivesse tacado em mim. Senti minha espinha gelar, me fazendo levantar imediatamente. Com medo segurei a maçaneta da porta e de uma vez a abri.

Para meu alivio, ou não, a única coisa que encontrei foi uma cabeça de boneca jogada ao chão. Não sabia se me assustava mais com o fato de alguma coisa ter me tacado a bola ou com a cabeça “sinistra” no meu closet.
_vai brincar de boneca Maninho!? – Perguntou Bruna ironicamente me fazendo dar um pulo de susto. – nossa você esta tenso em!? Mas em fim, acorda sua namoradinha aí, que a janta esta na mesa.
_ta bom – concordei fechando rapidamente a porta do closet.
Em seguida acordei minha “namoradinha” e descemos ate a cozinha onde todos já estavam se servindo.
_Nossa que cheiro é esse? – perguntou Emmy
_você também sentiu querida!? – retrucou Elisabeth
_para mim é cheiro de rato morto por dentro dessa parede “oca” – exclamou Bruna, que estava muito irritada com o fato de seu celular não ter linha no campo. – pai, como você compra uma casa com parede oca?
_Filha a parece não é “oca” ela é espaçada por causa dos antigos elevadores de comida, e isso não faz diferença.
_mais isso é por toda a casa pai? – perguntei finalmente entrando no assunto.
_é sim... Se você e sua irmã não se comportarem vou abri a parede e colocar vocês dentro. – brincou enquanto tio Jhom ria da piada idiota.
Quando todos terminaram de comer ajudamos com a louça e fomos “dormir”.
Deitei em minha cama e Emmy se acomodou sobre meu peito, não demorou muito ate ela adormecer. Pelo silencio da casa todos da família assim como minha namorada já estavam dormindo. Quando finalmente consegui cochilar, fui despertado por um barulho incessante que saia da parede do meu quarto.
_Emmy – disse a acordando
_que foi amor?
_você esta ouvindo isso?
_ai Erick... São só ratos arranhando a parede...Acho que você precisa relaxar – disse Emmy .
Então peguei uma toalha e fui ao banheiro tomar um banho gelado. Com certeza agora eu estava mais relaxado, porem nada dura muito tempo.
Estava saindo do banheiro quando vi pela visão periférica um vulto. Instantaneamente me virei e vi a “imagem” que assim como o vulto era preto e sem rosto. Não conseguia me mexer era como se eu estivesse paralisado de medo enquanto olhava a “coisa” se contorcer junto a parece como se estivesse tentando pedir ajuda.

Só quando a imagem desapareceu pude me mexer novamente, sem pensar duas vezes sai correndo para o quarto e tranquei a porta.
_nossa, pensei que você tinha morrido no banheiro Erick
_Emmy, essa casa é mal assombrada, eu... Eu vi...
_Para com isso! Você esta me assustando
_eu não estou brincando – disse andando de um lado para o outro
_você está muito estranho dês de quando seu irmão morreu... Erick você precisa se tratar.
_eu não estou louco! – exclamei segurando os dois braços de Emmy com força.
_você esta me machucando seu idiota
_eu não estou louco! – repedi, a soltando
_nojento – gritou ela abrindo a porta
_onde você vai?
_não te interessa
Em seguida a vi sumir enquanto descia as escadas.

sábado, 21 de agosto de 2010

Capítulo 03 - A Primeira Impressão é a que Fica :|


_Chegamos – exclamaram meu pai e o tio Jhom juntos enquanto eu batia minha cabeça no vidro acordando do breve cochilo que tive.
_antes tarde do que nunca - indaguei tentando esconder o quanto meu pesadelo havia me deixado preocupado.
_o que achou Erick? – perguntou meu tio encostando-se no capo do carro, enquanto eu olhava uma das muitas janelas da casa.
_Eu... Você viu aquilo?
_aquilo o que?
_uma menina... Ela apareceu na janela! – disse apontando
_impressão sua, afinal não tem ninguém na casa.
_quando você olhou sumiu, mas eu vi!
_ah Erick, você já é bem grande para isso não acha?
_que ouve? – perguntou meu pai que estava olhando a casa mais de perto.
_eu vi alguma coisa lá dentro
_e eu disse que é imaginação dele
_será que não é algum ladrão? – pensou meu pai em voz alta
_Denny só a dona da casa tem a chave lembra?
_por falar nela – retrucou meu pai enquanto um carro branco parava em frente ao nosso.
_vejo que chegaram antes de mim – disse a moça nos encarando – desculpe-me por fazê-los esperar.
_eu acho que há um ladrão em sua casa – disse olhando no fundo de seus olhos verdes esmeralda.
_ok, vamos checar, mas posso garantir que não há nada lá dentro – concluiu com um sorriso amarelo estampado em sua face.
_estou ansioso para conhecer a casa senhora...? Desculpe, esqueci seu nome! – disse meu pai envergonhado.
_Melany, Melany Fox – disse tirando uma chave de sua bolsa
Segundos depois já estávamos em frente a grande porta da casa.
_preparados!? – perguntou Melany abrindo a porta.
•••
Flores, a primeira coisa que vi foram flores. A casa era coberta por papel de parede florido. Fiquei tão distraído que quando dei por mim estava sozinho na sala parado em frente a grande escada que levava aos quartos. Desviei rapidamente o olhar para um armário que havia na cozinha e foi o bastante para aquela casa começar a me assustar de verdade.
Do alto da escada uma pequena bolinha batia de degrau em degrau chamando minha atenção. Quando os mesmos acabaram, ela só foi parada quando chegou aos meus pés.
_ah cara – eu disse abaixando para pegar a bola.
_Erick o que é isso? - Perguntou meu pai descendo da mesma escada
_é só uma bola que eu achei por aqui – menti, pois se eu falasse mais alguma coisa que não fosse normal para “eles” eu poderia ser tachado de drogado.
_Deve ser do pai da moça... Ele que morava aqui antes
_e por que não mora mais?
_ela disse que ele morreu... Já estava muito idoso
_sei – disse olhando para bola que em seguida joguei no chão.
_você não vai olhar o resto da casa?
_não! Mas acho que vou à cozinha beber um pouco de água.
_ok
Chegando a cozinha vi que na parede, em cima da pia havia um buraco mais que fora tampado a algum tempo.
_era um elevador de comida – disse Melany me observando da porta
_percebi, é normal ter em casas antigas
_...Seu pai já esta te esperando no carro
_você vai ficar por aqui? - perguntei
_Sim... A final essa casa era do meu pai, quero meio que me despedir – disse encarando suas mãos
_ok... Tchau – respondi forçando um sorriso.

Capítulo 02 - Um Sonho ou um Aviso !?


_Ela vai pegar você! – dizia Íam dando uma gargalhada sinistra
_Ela quem? – perguntei enquanto o olhava assustado
_A menina na parede - sussurrou ele apontando para algo que estava atrás de mim.Lentamente fui me virando com medo do que me aguardava. Então uma mão preta com unhas grandes arranhou meu rosto antes que eu pudesse vê-la. Pude sentir o sangue quente escorrer de meu rosto.•••
_Erick, acorda – disse Bruna - fiquei preocupada, você parecia não respirar enquanto dormia.
Ainda meio zonzo vi o livro que eu havia pego ao meu lado, devia ter adormecido antes mesmo de abri-lo.
_com o que sonhou? – perguntou Bruna voltando a falar diante do meu silencio.
_nada de mais – disse levantando da cama
_o pai e o tio estão querendo falar com a gente lá em baixo.
vai indo que eu já vou – disse entrando no banheiro do meu quarto,
me encostei junto a pia enquanto me olhava fixamente no espelho. Se me esforçasse podia ver onde
as unhas da suposta “menina” do sonho havia
me acertado.

—você tem 16 anos, um sonho idiota não vai te assustar – disse jogando água em meu rosto.
Quando finalmente desci ate a sala todos da família menos minha mãe estavam reunidos.
_ate quem fim! – disse meu pai
_o que querem? – perguntei os encarando
_eu decidi que é melhor nos mudarmos!
Bruna assentiu com a cabeça. Não precisava nem olhar para meu tio para saber que ele também estava de acordo.
Alguns dias se passaram e eu percebi que não adiantaria eu teimar e discutir com meu pai, ele estava mesmo decidido que novos ares fariam bem para minha mãe, embora eu achasse que a afastando da casa onde Íam, Bruna e eu crescemos só iria servir para distrai-la temporariamente.
•••
_Emmy meu amor, eu não queria te magoar com essa historia toda, mas eu vou ter mesmo que ir – disse acariciando o rosto da minha namorada
_já entendi, mas eu posso pelo menos ir te visitar quando você se mudar?
_claro que pode! – disse beijando seus lábios enquanto deslizava a mão pelo corpo cheio de curvas que Emmy possuía – tenho que ir para casa agora. Ainda hoje irei ver a tal casa de campo com meu pai.
_ta bom – concordou Emmy me dando mais um beijo antes de eu sair.
Quando já estava chegando em minha casa comecei a pensar em como a vida seria tediosa quando a mudança acontecesse, não me conformava que em breve trocaria lanchonetes, outdoors e shoppings, por um monte de arvores no meio do nada.
_já estávamos indo sem você - disse meu pai buzinando com seu velho carro ao me ver chegar.
_calma Denny – exclamou tio Jhom que estava ao seu lado.
Entrei no carro sem dizer uma palavra sequer, não pretendia fingir que estava gostando da idéia de me mudar.
•••
_sabe... Existem muitas coisas sobrenaturais entre o céu, inferno e a terra irmãozinho
_por que você esta falando isso Íam? Você esta morto! Seu lugar não é aqui
_eu só quero te avisar
_avisar o que?
_a menina Erick, ela esta mais perto do que você imagina
_que menina? Eu não estou te entendendo
_não deixa ela pegar vocês
_mas...

Capítulo 01 - O velório


_Não, não Deus, meu filho não – gritava mamãe enquanto o pai tentava consola-la, ignorando o fato de que o caixão de Íam estava ao lado.
Do alto da escada minha irmã Bruna e eu olhávamos tão triste cena com os olhos marejados.
_tenho medo que ela não supere isso Bruna
_Eu também Erick, eu também – concordou sem desviar o olhar do corpo pálido e gelado que agora eu me recusava a chamar de irmão.
_vou para o meu quarto! – Segui para o mesmo em silencio, o corredor parecia cada vez maior o que me fez parar justamente em frente ao quarto de Íam. Coloquei minhas mãos nos bolsos e encarei a porta como se a mesma me hipnotizasse. Sai do “transe” quando uma mão fria tocou meu braço, me fazendo o encarar imediatamente.
_Erick, já vamos levar o corpo para o funeral. Tem certeza que não quer ir se despedir? – disse tio Jhom.
_prefiro lembrar dele vivo – indaguei
_você vai ficar sozinho! Não se importa?
_Não – falei voltando a caminhar em direção ao meu quarto.
Quando cheguei ao mesmo, afastei um pouco a cortina da janela que estava embaçada pela chuva, em seguida pass
ei minha mão sobre o vidro, assim pude ver as varias pessoas que há alguns segundos estavam acomodados em nossos sofás agora segurando seus guarda-chuvas, enquanto viam o pessoal da funerária carregar o caixão. Soltei a cortina e deitei em minha cama pegando um livro
qualquer para passar o tempo.