sábado, 28 de agosto de 2010

Capítulo 06 - Informação de Mais

Já na cidade, meus pais e tio Jhom se ocupavam comprando coisas no mercado, enquanto eu ligava para casa de Melany em um orelhão próximo dali:
”_alô é a casa da Melany Fox? – perguntei ansioso
_ah meu Deus, é sim, aqui quem fala é a mãe dela, por favor me diz que você sabe noticias sobre minha filinha._não... na... não sei noticias dela. desculpe senhora não queria incomodar. – disse desligando rapidamente.”
_Erick eu fui ate a casa da Emmy, e adivinha... Os pais pensavam que ela estava com a gente. Então contei que ela já havia ido “embora”.
_E eles ficaram muito preocupados?
_na verdade não, disseram que é típico da Emmy sumir.
_nesse caso não é coisa típica... A Melany também não voltou
_ “criançada” vamos embora – disse meu pai cheio de sacolas de mercado.
Entramos rapidamente no carro, e assim logo chegamos em casa. Ao abrir a porta nos deparamos com mais uma surpresa.
_o que significa isso? – perguntou tio Jhom olhando para parede da sala que estava completamente rabiscada formando a palavra “SAIAM DAQUI” – foi escrito com giz de cera – concluiu
_vocês dois vão limpar_mas não fomos nós – eu disse ainda surpreso com o que acabara de ver – foi o espírito.
_sim, é verdade – concordou Bruna
_vão os dois para o quarto – exclamou nossa mãe – deixa que eu limpo
_mas
_sem mais, vão agora
Sem pensar duas vezes subimos e nos trancamos novamente no meu quarto.
_o que vamos fazer Erick
_ eu não sei – indaguei andando pelo quarto
_hei o que é isso? – disse ela apontando para uma tabua solta do assoalho.
_vamos ver – falei enquanto puxava a tabua solta. – aqui tem um...
_livro?
_não, é um diário – exclamei passando a mão sobre a capa empoeirada do mesmo. – diário de Alex Fox.
O abri e comecei a ler e voz alta.


”Era só eu e minha filha adolescente em casa. Mas como qualquer outro homem tinha minhas necessidades. Primeiro pensei em cessá-las com qualquer mulher da vida, mas para que pagar se minha própria “menininha” poderia me dar prazer? Foi o que fiz. Em uma noite fui ate seu quarto e a possui a força, depois daquele dia minha filha tornou-se minha mulher por todas as outras noites. Porem ela engravidou e após ganhar a aberração que nunca ninguém soube da existência, acabou se enforcando no porão. Mantive a aberração trancada durante sete anos de sua vida, mas eu precisava acabar com aquilo. Arranquei um dos elevadores de comida e coloquei a aberração lá dentro, em seguida fechei todos os outros elevadores com cimento. Por dias ouvi a “coisa” arranhar as paredes ate que em fim os barulhos acabaram. Porem agora eles voltaram. Não consigo entender como isso esta acontecendo.
12/05/09”
Ao terminar a inquietante leitura uma força sobrenatural me jogou contra parede me fazendo perder a consciência.
Quando acordei não tinha noção de quanto tempo havia se passado, só sabia que meus pais e minha irmã estavam ali por que eu podia os ver ao lado de minha cama.
_eu contei tudo para eles! – disse Bruna segurando o velho o diário.
_É impossível duvidar com tantas provas – indagou meu pai enquanto mamãe segurava uma das minhas mãos. – seu tio foi ate a cidade chamar um padre, já deve estar voltando.
Mal ele terminou a frase e tio Jhom cruzou a porta do meu quarto. Imediatamente me levantei tentando não demonstrar a forte dor de cabeça que predominava sobre mim.
_o padre nos espera lá em baixo – exclamou em tom serio
Enquanto descíamos do alto da escada eu pude ver o velho padre que segurava com ele algo que parecia um copo que continha provavelmente água benzida.
_eu posso sentir a energia, algo muito maligno domina esse lar –disse ele andando ate a cozinha. – Em nome de Deus todo-poderoso afastem-se dessa família os maus espíritos – exclamou enquanto jogava um pouco da água na parede – que inspirais maus pensamentos aos homens – nesse momento um ar frio invadiu a casa, portas de armários começaram a bater e a mesa de centro parecia ter criado vida. Porem o padre continuou - Espíritos velhacos e mentirosos, que os enganais; Espíritos zombeteiros, que vos divertis com a credulidade deles, eu vos repilo com todas as forças de minha alma e fecho os ouvidos às vossas sugestões; mas, imploro para vós a misericórdia de Deus. – agora o padre parara de falar seus olhos pareciam ter vidrado em um ponto fixo, não demorou muito ate seu rosto começar a ficar vermelho – se afastem – gritou sem ar – Mas não tivemos tempo de dar um passo sequer, em um único movimento o pescoço do padre virou fazendo-o cair imediatamente ao chão. Muito sangue saia de sua boca entreaberta.

Nos entreolhamos apavorados e corremos para fora. A única saída aparente era fugir da casa naquele exato momento, no entanto isso não aconteceria, pois quando chegamos ao carro seus pneus estavam rasgados.
_não, isso não pode estar acontecendo – disse minha mãe quase suplicando para que aquilo fosse um pesadelo.
_ah – gritou Bruna – ela esta ali! – exclamou apontando para os arbustos do jardim que não estava tão longe de nós.
_voltem para casa... AGORA! – ordenou tio Jhom
Quando abri a porta me deparei com um rastro de sangue que ia da porta ate a parede em frente à lareira, lá estava o corpo do meu cachorro, o pobre animal estava completamente deformado e com seus órgãos caninos a mostra para quem quisesse os ver. Da parede escorria sangue do mesmo pois a “menina” havia deixado mais um de seus recados sangrentos:
“agora já e tarde para ir embora!”

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