Do alto da escada minha irmã Bruna e eu olhávamos tão triste cena com os olhos marejados.
_tenho medo que ela não supere isso Bruna
_Eu também Erick, eu também – concordou sem desviar o olhar do corpo pálido e gelado que agora eu me recusava a chamar de irmão.
_vou para o meu quarto! – Segui para o mesmo em silencio, o corredor parecia cada vez maior o que me fez parar justamente em frente ao quarto de Íam. Coloquei minhas mãos nos bolsos e encarei a porta como se a mesma me hipnotizasse. Sai do “transe” quando uma mão fria tocou meu braço, me fazendo o encarar imediatamente.
_Erick, já vamos levar o corpo para o funeral. Tem certeza que não quer ir se despedir? – disse tio Jhom.
_prefiro lembrar dele vivo – indaguei
_você vai ficar sozinho! Não se importa?
_Não – falei voltando a caminhar em direção ao meu quarto.
Quando cheguei ao mesmo, afastei um pouco a cortina da janela que estava embaçada pela chuva, em seguida pass
ei minha mão sobre o vidro, assim pude ver as varias pessoas que há alguns segundos estavam acomodados em nossos sofás agora segurando seus guarda-chuvas, enquanto viam o pessoal da funerária carregar o caixão. Soltei a cortina e deitei em minha cama pegando um livro
qualquer para passar o tempo.
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